ROTEIRO DE
TRABALHO SOBRE O LIVRO “CORAÇÃO, CABEÇA E
ESTÔMAGO” – CAMILO CASTELO BRANCO – 2ª SÉRIE E. MÉDIO
ü A sugestão é
realizar a leitura obrigatória do livro em destaque o quanto antes, visto que,
na 1ª quinzena de agosto será
realizada uma atividade avaliativa sobre o mesmo.
ü Não esquecer de que
também será cobrada, no 3º bimestre, a leitura da obra: “Vidas secas”, de Graciliano Ramos.
Para analisar e interpretar textos é preciso saber ler. Mas, como aprender a ler? Lendo.
Alguém que deseje aprender a nadar terá de, inevitavelmente, entrar na água. O
mesmo ocorre com a formação de um leitor: se ele não se dedicar ao exercício da
leitura, debruçando-se sobre poemas, notícias e crônicas de jornal, romances,
ensaios etc., jamais aprenderá a ler.
Mas a verdadeira leitura pressupõe compreensão. Não basta
passar os olhos sobre as palavras, mas é preciso entender o significado delas -
ou, pelo menos, aproximar-se do que o autor pretende transmitir. E, depois,
para realmente analisar o objeto da nossa leitura, devemos proceder à
identificação das características, dos atributos, das propriedades do texto.
Textos denotativos: são escritos em linguagem
conceitual. Esse tipo de texto - racional, que se apoia em conceitos, leis,
princípios ou normas - pede do leitor uma postura objetiva.
Roteiro
de leitura e análise:
I.
Biografia
e bibliografia:
situar o autor no tempo, dar um rápido painel de suas produções mais
importantes e, se for possível, estabelecer eventuais nexos entre vida e obra.
II.
Resumo
do enredo:
sintetizar os principais acontecimentos da obra.
Personagens: Verificar se as personagens sofrem
mudanças e são aprofundadas psicologicamente (personagens esféricas/redondas);
ou se são imutáveis e seu tratamento é superficial e exterior (personagens
planas); ou ainda, se nelas são destacados apenas traços gerais e comuns ao
grupo a que pertencem, como a fofoqueira, o padre, a beata, a comadre, etc.
(personagem tipo).
IV.
Tempo: Observar a presença dos tempos
cronológico ou psicológico e a importância deles para a construção da sequência
narrativa e das personagens.
V.
Espaço: Deve ser observado na perspectiva
de sua relação com a personagem e de sua importância para o significado geral
da obra. Importa estudar tanto o espaço físico ou geográfico (meio ambiente)
quanto o espaço social em que atuam (meio social) e observar até que ponto o
espaço influencia ou condiciona a ação das personagens.
VI.
Foco
narrativo:
Verificar se o ponto de vista do narrador é em 1ª ou 3ª pessoa e em que medida
essa opção atende melhor os propósitos do narrador ou do autor. Observar também
se o narrador interfere na narrativa com comentários, digressões, ironias, etc.
e avaliar a importância dessas atitudes no significado geral da obra.
VII.
Estilo: Buscar na obra traços que
caracterizam o estilo pessoal do autor, como, por exemplo, certas construções
frasais; uso frequente de certas classes gramaticais; frequência e tipo de
descrição; comparações e figuras de linguagem; ambiguidade; ironia; linguagem
de acordo ou não com a variedade padrão; vocabulário elevado ou coloquial;
gosto pelas frases curtas ou períodos longos; etc.
VIII.
Verossimilhança: Averiguar o grau de coerência
interna da obra e se ele garante a sua verossimilhança, isto é, sua semelhança
com a verdade. Tal observação pode ser importante para perceber a filiação da
obra a determinado movimento literário. Por exemplo, o Romantismo geralmente
apresenta uma visão fantasiosa e idealizada da realidade; já o Realismo procura
atingir o máximo de verossimilhança, a ponto de a narrativa ser lenta para dar
a dimensão real do tempo vivido pela personagem.
IX.
Movimento
literário e contexto histórico:
Os vários aspectos anteriormente observados deverão ser considerados em
conjunto neste item. Deve-se verificar o grau de correspondência ou de
afastamento da obra em estudo em relação aos padrões estabelecidos pelo
movimento literário a que, cronologicamente, ela está veiculada.
X.
Conclusões: Avaliar a importância e a
contribuição da obra e do autor estudados à nossa literatura. Levar em conta
aspectos como: o autor funda ou não uma nova tradição em nossa literatura; se
não funda, a que tradição está veiculado e que contribuições trouxe para o
aprofundamento dessa tradição; qual o destaque do autor ou de sua obra no
movimento literário a que pertence.
(Literatura Brasileira em
diálogo com outras literaturas e outras linguagens. W. Cereja e T. Cochar; http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/portugues/analise-e-interpretacao-de-textos.htm,
acessado em 20/6/16)
Prof. Cristiane – Língua
Portuguesa e Literatura
22/6/2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário