quinta-feira, 10 de abril de 2014


Queridos alunos dos 9º anos,

Ao longo do 2º bimestre, vamos abordar os seguintes temas:

- Orações Coordenadas e Orações Intercaladas;
- Orações Subordinadas Substantivas;
- O que você não deve fazer numa dissertação.

Por favor, imprimam as apostilas (via blog ou 4shared postada em 15/4/13).

Até mais,


Profª Cristiane

                                                                             

O QUE VOCÊ NÃO DEVE FAZER EM UMA DISSERTAÇÃO
Profª Cristiane Bastos
 

 

1. JAMAIS USE GÍRIAS EM SUA DISSERTAÇÃO

                As gírias são um meio de expressão perfeitamente aceitável em certos momentos de textos narrativos, em especial nos diálogos travados por alguns personagens. Tornam-se, entretanto, completamente inadequadas quando usadas em uma dissertação. Esta modalidade de redação pressupõe uma linguagem formal, não necessariamente erudita, mas pelo menos bem elaborada.

 

2. NÃO UTILIZE PROVÉRBIOS OU DITOS POPULARES

                Uma dissertação costuma ser prejudicada pela má utilização de frases feitas, provérbios e ditos populares. Eles empobrecem a redação; fazem parecer que seu autor não tem criatividade, pois lança mão de formas de expressão já batidas pelo uso freqüente.

 

3. NUNCA SE INCLUA EM SUA DISSERTAÇÃO (principalmente para contar fatos de sua vida particular)

                Dissertar é analisar um assunto proposto, emitindo opiniões gerais. Deve ser feito de modo impessoal e com toda objetividade. Essa visão imparcial se perde quando o autor confunde a problemática que está analisando com os problemas particulares que possa ter.

 

4. NÃO UTILIZE SUA DISSERTAÇÃO PARA PROPAGAR DOUTRINAS RELIGIOSAS

                A religião, qualquer que seja ela, é uma questão de fé; a dissertação, por sua vez, é uma questão de argumentação, a qual se baseia na lógica. São, portanto, duas áreas situadas em diferentes planos. Não há como argumentar de modo convincente com base em dogmas religiosos; os preceitos da fé independem de provas ou evidências constatáveis. Torna-se, assim, completamente descabido fundamentar qualquer tema dissertativo em ideias que se situem em um plano que transcende a razão.

 

5. JAMAIS ANALISE OS TEMAS PROPOSTOS MOVIDOS POR EMOÇÕES EXAGERADAS

                Existem, sem dúvida, alguns temas dissertativos que envolvem a análise de assuntos dramáticos, os quais comumente causam revolta e indignação pela própria gravidade de sua natureza. Porém, por mais revoltante que se mostre o assunto tratado, ele deve ser abordado, em uma dissertação, de modo, se não imparcial, pelo menos comedido. Em outras palavras, não devemos deixar nossas emoções interferirem demasiadamente na análise equilibrada e objetiva que precisa transparecer em nossas dissertações, mesmo que elas impedem que ponderemos outros ângulos da questão. Só assim, com a predominância da argumentação lógica, ela se mostrará convincente.

 

6. NÃO UTILIZE EXEMPLOS CONTANDO FATOS OCORRIDOS COM TERCEIROS, QUE NÃO SEJAM DE DOMÍNIO PÚBLICO

                É um procedimento perfeitamente normal lançarmos mão de exemplos que reforcem os fatos arrolados em uma dissertação.  Entretanto, estes exemplos devem ser de conhecimento público, ou seja, fatos que todos conheçam por terem sido divulgados pelos meios de comunicação (jornais, rádio, televisão, etc.) Não devemos, em hipótese alguma, introduzir na dissertação fatos ocorridos com pessoas que conhecemos particularmente. Isso daria um cunho pessoal a um tipo de redação que se propõe a analisar assuntos gerais.

 

7. EVITE AS ABREVIAÇÕES

                Procure escrever as palavras por extenso. As abreviações são consideradas incorretas. Você não deve escrever frases como estas:

                O ministro c/ seus assessores saíram da sala de reunião.

                Verificaremos outros pontos da questão p/ compreendermos melhor o assunto.

                Os cidadãos tb se preocupam c/ a redemocratização.

               

8. NUNCA REPITA VÁRIAS VEZES A MESMA PALAVRA

                Um dos erros que mais prejudica a expressão adequada de suas ideias é a insistente repetição de uma mesma palavra. Isso causa uma impressão desagradável a quem lê sua redação, além de sugerir pobreza de vocabulário. Quando você constatar que repetiu várias vezes o mesmo vocábulo, procure imediatamente encontrar sinônimos que possam ser usados em substituição a ele.

 

9. PROCURE NÃO INOVAR, POR SUA CONTA, O ALFABETO DA LÍNGUA PORTUGUESA

                Evidentemente, certas caligrafias apresentam variações no modo de escrever determinadas letras do nosso alfabeto. No entanto, essa possível variação não deve ser exagerada a ponto de tornar a letra praticamente irreconhecível.

 

10. TENTE NÃO ANALISAR OS ASSUNTOS PROPOSTOS SOB APENAS UM DOS ÂNGULOS DA QUESTÃO

                Uma boa análise pressupõe um exame equilibrado da realidade na qual se situa o assunto tratado em uma dissertação. O bom senso, nas opiniões emitidas, está diretamente relacionado à capacidade de se enxergar o problema pelos diversos ângulos que apresenta. Uma análise extremamente radical ignora outros aspectos que devem ser levados em conta em uma reflexão equilibrada sobre qualquer tema, por isso é indesejável.

 

11. NÃO FUJA AO TEMA PROPOSTO

                Quando você receber um tema para dissertar sobre ele, leia-o com atenção e escreva sobre o que se pede. Jamais fuja do assunto solicitado, mesmo que seus conhecimentos sobre ele sejam mínimos. Costumamos atribuir nota zero (ou um pouco mais) a uma redação sobre outro assunto que não aquele pedido. Não é difícil entendermos o quanto seria absurdo alguém dissertar sobre os acidentes ocorridos em usinas nucleares em várias partes do mundo quando o tema pedido fosse o problema dos menores abandonados no Brasil. Para evitar esse tipo de inconveniência, antes de começar a elaborar a redação, convém ler várias vezes o tema para compreender exatamente o que está sendo solicitado. Às vezes comete-se um outro engano semelhante ao que foi comentado acima: pode acontecer de se desenvolver um tema similar àquele que foi proposto. Isso também prejudica demais a redação, pois mostra que a pessoa não apresenta capacidade de ler e interpretar corretamente a solicitação feita. Suponhamos que o tema fosse o seguinte:

                O governo brasileiro vem empreendendo esforços para, juntamente com o governo da República Argentina, criar acordos de cooperação econômica, lançando as bases para a possível formação de um mercado comum sul-americano.

                Caso não compreendesse bem o conteúdo dessas afirmações, a pessoa poderia incorrer no erro de dissertar sobre algum assunto paralelo. Por exemplo, escreveria sobre como essas duas nações conseguiram retomar os rumos da democratização, depois de longos períodos de ditadura militar. Embora esta análise esteja relacionada com o tema dado, não aborda propriamente o assunto central proposto, ou seja, os acordos de cooperação econômica.

 

 

                Até agora, mostramos o que você não deve fazer em sua dissertação. Terminaremos este assunto com uma recomendação importantíssima sobre o que deve ser feito:

                * Utilize sempre a 1ª pessoa do plural em vez da 1ª pessoa do singular em suas dissertações. Em outras palavras, você deve escrever “acreditamos”, “entendemos”, “analisamos”, e não “acredito”, “entendo”, “analiso”. Saiba que, embora possa parecer um tanto estranho, este é o procedimento habitual quando se redige uma dissertação. Parece-nos indiscutível o fato de a 1ª pessoa do plural imprimir à redação um cunho impessoal, além de elevar o nível da linguagem. Ademais, é a forma convencionalmente usada nas dissertações em geral.

                * Procure sempre se manter informado sobre os mais diversos assuntos. Quanto melhor você conseguir compreender as questões econômicas, políticas e sociais de seu país e do exterior, maiores condições terá de redigir sobre qualquer tema. Não perca oportunidades de conversar com pessoas que conheçam determinado assunto, na tentativa de aprender algo com elas. Ler jornais e revistas, assistir a programas de telejornalismo, ouvir entrevistas pelas emissoras de rádio também parece-nos muito importante.

                                                  ORAÇÕES SUBORDINADAS

                                                                                                             Profª  Cristiane Bastos

 

            No período composto, as orações se relacionam, podendo exercer funções sintáticas.

            Toda oração que exerce uma função sintática em relação a outra denomina-se oração subordinada.

            O período:

            “Clarimundo sabe / que dentro dela encontrará luz, calor, aconchego.” (E. Veríssimo) é constituído de duas orações:

1ª oração: Clarimundo sabe - oração principal, pois é a mais importante do período.

2ª oração: que dentro dela encontrará luz, calor, aconchego - oração subordinada, pois completa o sentido da outra.

            Oração principal é a mais importante do período e não é introduzida por um conectivo.

            Oração subordinada é aquela que é dependente e completa o sentido de outra. Normalmente é introduzida por um conectivo subordinativo.

 

            Ex.: Quando cheguei, / chovia muito.

                    or. subordinada          or. principal

 

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

 

            Vamos retomar o período simples e observar a classe gramatical e a função sintática da palavra derrota:

            Ex.:      Ele    admitiu       a      derrota.            > função: objeto direto

                        suj.        VTD

                                                                                  > classe: substantivo

 

            Trocando o termo derrota pela oração que foi derrotado, teremos o período composto equivalente:

 

            Ex.:      Ele    admitiu    que foi derrotado.      > função: objeto direto

                        suj.        VTD        

                                                                                  > equivale a: substantivo

 

            Observe, então, que a oração que foi derrotado, ao mesmo tempo que exerce a função de objeto direto, ocupa o lugar de um substantivo. Por isso ela recebe o nome de substantiva.

            Portanto, que foi derrotado é uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

           

1. Classificação das subordinadas substantivas:

 

            Classificar uma oração subordinada substantiva significa indicar a função sintática que ela exerce no período. No quadro que segue estão os nomes que uma oração subordinada substantiva pode receber, dependendo da função sintática que ela exerce no período.

 

Oração subordinada substantiva                 Função no período composto
Objetiva direta                                                Objeto direto do verbo da oração principal
Objetiva indireta                                             Objeto indireto do verbo da oração principal
Predicativa                                                     Predicativo do sujeito da oração principal
Completiva Nominal                                      Complemento nominal de um nome da oração principal
Subjetiva                                                        Sujeito da oração principal
Apositiva                                                        Aposto de um nome da oração principal

 

2. Oração subordinada substantiva subjetiva: função de sujeito da oração principal.

            Estruturas básicas:

a)

 

Verbo de ligação + predicativo                       Or. Subordinada Substantiva Subjetiva

            Or. principal

 

            Você deve “ler” a estrutura básica acima assim: toda vez que a oração principal apresentar verbo de ligação + predicativo, a oração subordinada substantiva será subjetiva. 

             Exemplo:

 

PS:      É     conveniente   seu regresso.                     PC:      É conveniente que você regresse.

            VL    pred. suj.                  suj.                                              Or. principal        Or. sub. subs. subjetiva

 

b)

           

Verbo unipessoal                    Or. Subordinada Substantiva Subjetiva

       Or. Principal

           

Exemplo:

 

PS:      No relatório não consta   a presença dele.      PC:  No relatório não consta   que ele esteja presente.

                           vb. unipessoal        sujeito                                            or. Principal                               or. sub. subs. subjetiva

 

Obs.: Verbos que mais comumente são usados como unipessoais (isto é, na 3ª pessoa): constar, convir, parecer, importar, interessar, suceder, acontecer.

c)

 

Verbo na voz passiva             Or. Subordinada Substantiva Subjetiva

          Or. principal

 

Exemplo:

 

PS:      Foi divulgado  o seu retorno.              PC:      Foi divulgado   que você retornaria.

            voz passiva             sujeito                                                    or. principal              or. subor. subst. subjetiva

 

            No exemplo acima, o verbo da oração principal está na voz passiva analítica, mas ele pode estar também na voz passiva sintética. Exemplo:

            Divulgou-se   que você retornaria.

            or. principal          or. subord.subst. subjetiva

           

            Como a subordinada substantiva subjetiva funciona como sujeito da oração principal, é claro que, dentro da oração principal, não poderá haver sujeito.

 

3. Oração  subordinada substantiva objetiva direta: função de objeto direto da oração principal.

 

            Estrutura básica:

 

(Sujeito) + VTD          Or. Subordinada Substantiva Objetiva Direta

     Or. Principal

 

Exemplo:

 

PS:   A prefeitura exigiu o pagamento das despesas.               PC:   A prefeitura exigiu   que as despesas fossem pagas.

        sujeito               VTD                OBD                                                        or. principal                    or. subord. subst. objetiva direta

 

4. Oração subordinada substantiva objetiva indireta: função de objeto indireto do verbo da oração principal.

 

Estrutura básica:

 

(Sujeito) + VTI            Or. Subordinada Substantiva Objetiva Indireta

    Or. principal

 

Exemplo:

 

PS:       Seus amigos confiam em sua vitória.             PC:   Seus amigos confiam em que você vença.

                    sujeito           VTI            OBI                                                              or. principal                or. subord. substant. objetiva indireta

 

Observação: Note que, da mesma forma que o objeto indireto, a oração objetiva indireta também se inicia por preposição, que pode, às vezes, estar oculta. Exemplo:

            Ninguém se lembrava           que ele   havia voltado.

                                    VTI       (de)      or. subord. substant. objetiva indireta

 

5. Oração subordinada substantiva predicativa: função de predicativo do sujeito da oração principal.

 

Estrutura básica:

 

Sujeito + verbo de ligação       Or. Subordinada Substantiva Predicativa

           oração principal

 

Exemplo:

 

PS:      Nossa preocupação   era   a chuva.        PC:     Nossa preocupação era      que chovesse.

                     sujeito                       VL    predicativo                                or. principal                               or. subord. substantiva predicativa

 

6. Oração subordinada substantiva completiva nominal: função de complemento nominal de um nome de sentido incompleto da oração principal.

Estrutura básica:

 

(Sujeito) + verbo + nome incompleto             Or. Subordinada Substantiva Completiva Nominal

                Oração principal

 

Exemplo:

 

PS:      Seu irmão    estava  certo      de sua volta.      PC:      Seu irmão estava certo de que você voltaria.

            sujeito                verbo       nome           complemento                                                   or. principal   or. subord. subst.                                                                              incompleto           nominal                                                                            completiva nominal

 

            A oração subordinada substantiva completiva nominal, da mesma forma que o complemento nominal, inicia-se por preposição, que pode estar subentendida no texto. Exemplo:

            Ela tem    receio           que você não aceite o convite.         

                              nome     (de)    or. subord. subst. completiva nominal      

                           incompleto        

 

7. Oração subordinada substantiva apositiva: função de aposto de um nome da oração principal.

 

Estrutura Básica:

(sujeito) + verbo + nome         Or. Subordinada Substantiva Apositiva

Oração principal

 

Exemplo:

 

PS: Nós defendemos uma idéia: a invasão da casa.        PC:    Nós defendemos uma idéia: que a casa seja invadida

       suj.         verbo         nome                  aposto                                                                              oração principal                  or. subord. subst. Apositiva

 

 

            Observações: É claro que, para analisar uma oração subordinada substantiva, você não precisa comparar o período composto com o período simples correspondente. Nos exemplos acima, a comparação foi feita para que você compreendesse melhor a estrutura do período composto. Na prática, basta que você analise a estrutura da oração principal e verifique que termo falta nela; a oração subordinada substantiva terá, então, o nome do termo que estiver faltando na principal.

                     Em geral, as orações subordinadas substantivas são iniciadas pelas conjunções que e se, chamadas conjunções integrantes. Mais raramente, essas orações vêm iniciadas por outras palavras. Exemplo:

 

            Ninguém perguntou quando você voltaria.

            sujeito      VTD               advérbio

                       or. principal              or. subor. subst. obj. direta

 

 

                                                           EXERCÍCIOS

 

1) EXPLIQUE POR QUE HÁ UMA AMBIGUIDADE NO SEGUINTE PERÍODO: “O GUARDA ENCONTROU OS CRIMINOSOS CORRENDO EM DIREÇÃO À ESTAÇÃO.”

......................................................................................................................................................................................

......................................................................................................................................................................................

 

 

2) (FCE-SP) “Os homens sempre se esquecem de que somos todos mortais.” A oração destacada é:

(   ) substantiva completiva nominal   (   ) substantiva objetiva indireta                    (   ) substantiva predicativa

(   ) substantiva objetiva direta                       (   ) substantiva subjetiva

 

3) (FEI-SP) “Estou seguro de que a sabedoria dos legisladores saberá encontrar meios para realizar semelhante medida.” A oração em destaque é substantiva:

(   ) objetiva indireta                           (   ) completiva nominal                                 (   ) objetiva direta

(   ) subjetiva                                      (   ) apositiva

 

4) (F. TIBIRIÇÁ-SP) No período: “Todos tinham certeza de que seriam aprovados”, a oração destacada é:

(   ) substantiva objetiva indireta                    (   ) substantiva completiva nominal   (   ) substantiva apositiva

(   ) substantiva subjetiva                    (   ) n.d.a.

 

5) (FUVEST-SP) Modelo: Observou que a lenha verde agonizava.  Observou a agonia da lenha verde. Seguindo o exemplo, reescreva a seguinte frase: “Ele se arrogava o direito de inventar leis que determinavam o comportamento do povo.”............................................................................................................................................................................

......................................................................................................................................................................................

 

ORAÇÕES COORDENADAS E ORAÇÕES INTERCALADAS


                                                                                                                                                             Profª Cristiane Bastos

                As orações coordenadas são aquelas que, no período, não exercem função sintática umas em relação às outras. São, portanto, orações sintaticamente independentes, embora ligadas pelo sentido. Num período composto por coordenação não temos a chamada oração principal.

Exemplo:             Fui para a escola,/entrei na sala/ e cumprimentei o professor.

                 Verifique que, no exemplo acima, temos três orações sintaticamente independentes; cada oração é, do ponto de vista sintático, uma unidade autônoma.

                As orações coordenadas podem vir ou não introduzidas por conjunções coordenativas. Quando não vêm introduzidas por conjunção, recebem o nome de coordenadas assindéticas. Quando vêm introduzidas por conjunção, recebem o nome de coordenadas sindéticas.

 1.            CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS

                As orações coordenadas sindéticas classificam-se, de acordo com a conjunção que as introduz, em:

a) aditivas: exprimem ideia de soma, adição.

Exemplo:             Pedro estuda e trabalha.

 
                As principais conjunções  aditivas são: e, nem, mas também, mas ainda.

b) adversativas: exprimem ideia de adversidade, oposição, contraste.

Exemplo:             Pedro estuda, mas não aprende.

                 As principais conjunções adversativas são: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.

 c) alternativas: exprimem ideia de alternância, escolha.

Exemplo:             Venha agora ou perderá a vez.

                As principais conjunções alternativas são: ou...ou, ora...ora, quer...quer, já...já, seja...seja.

 d) conclusivas: exprimem ideia de conclusão.

Exemplo:             As árvores balançam, logo está ventando.

 
                As principais conjunções conclusivas são: logo, portanto, então, pois (posposto ao verbo).


e) explicativas: exprimem ideia de explicação, justificação, confirmação.

Exemplo:             Venha imediatamente, pois sua presença é indispensável.

                 As principais conjunções explicativas são: pois (anteposto ao verbo), porque, que.


2. ORAÇÕES INTERCALADAS

 
                Orações intercaladas (também conhecidas como orações interferentes) são orações independentes que não pertencem à sequência do período.

                As orações intercaladas são utilizadas para um esclarecimento, um parte, uma citação.

Exemplo:             Eu - retrucou o advogado - não concordo.

               
                               “- Tem razão, Capitu, concordou o agregado. Você não imagina como a Bíblia é cheia de expressões cruas e grosseiras.” (Machado de Assis)

                As orações intercaladas vêm separadas por vírgula ou travessões.

                              
                                                                                              EXERCÍCIOS

 1) LEIA O TEXTO ABAIXO E PREENCHA AS LACUNAS COM AS LETRAS QUE VOCÊ JULGAR ADEQUADAS. (NEM TODAS AS LACUNAS DEVEM SER PREENCHIDAS.)
           

Ele era um montanhe..... . Sempre tivera uma vida que muitos considerariam ma.....ante. Todos os dias fazia a mesma coisa  acordava fazia suas obrigações e no fim da tarde voltava para a sua casa pelo mesmo tra.....eto e ia sentar-se na varanda. Gostava de ali.....ar seu cão que lhe devotava como todo cão uma amizade sin.....era
                Não tinha estudo e nunca tivera a inten.....ão de conhecer uma cidade maior do que os vilare.....os da região. Mesmo com a aride..... e a monotonia daqueles caminhos montanho.....os orientava-se com facilidade pelos locais vi.....inhos
                Ate que um dia feriu gravemente sua perna com um ma.....ado enquanto cortava arvores. A ferida não queria cicatri.....ar. Foi pre.....i.....o levá-lo a uma cidade onde houvesse melhores recur.....os para a interven.....ão cirurgica que se fazia ne.....e.....aria. Por algum tempo foi mantido em reclu.....ão hospitalar e quando saiu deparou com uma cidade. Ficou e.....ta.....iado com o progre.....o os edificios os automoveis e tudo o mais
                Depois de anali.....ar bem a questão de.....idiu estabelecer-se lá com sua familia e abrir uma firma especiali.....ada em dedeti.....ar ambientes

 
2) NAS FRASES SEGUINTES, DÊ A FUNÇÃO SINTÁTICA DOS TERMOS EM DESTAQUE:

a) Naquele lugar, não se falava de outra coisa.     _____________________________________________________

b) A intervenção do Estado na economia sempre traz resultados negativos. _______________________________
c) Mamãe morreu de acidente de carro, há dois anos. __________________________________________________

d) José de Alencar, romancista brasileiro, nasceu no Ceará. _____________________________________________
e) Várias pessoas viram o terrível acidente. ___________________________________________________________

f) Não conseguiram salvar o pobre rapaz. ____________________________________________________________

g) O furioso Otelo matou Desdêmona. ______________________________________________________________

 

3) NAS FRASES SEGUINTES, INDIQUE A CIRCUNSTÂNCIA EXPRESSA PELO ADJUNTO ADVERBIAL EM DESTAQUE:

a) Expulso a senhora da sala. ............................................        b) Ele fez o exercício com calma. ..............................

c) Saiu com os amigos. .......................................................         d) Falava sobre política. ...............................................

e) O aluno preparou-se para a prova. ............................          f) Os alunos falam muito. ...........................................

g) Escreveu com uma caneta-tinteiro. ...........................          h) Morreu de pneumonia. ...........................................

 
4) (FUVEST-SP) EXPLIQUE POR QUE HÁ AMBIGUIDADE NA FRASE: “FICAMOS ESCANDALIZADOS COM A MATANÇA DOS ANIMAIS”.

 5) (PUC-SP) DÊ A FUNÇÃO SINTÁTICA DO TERMO DESTACADO EM: “NÃO DIGO NADA DA MINHA TIA MATERNA, DONA EMERENCIANA”.

a. (     ) sujeito                     b. (     ) objeto direto          c. (     ) objeto indireto       d. (     ) adjunto adverbial               e. (     ) aposto

 6) (PUC-SP) DÊ A FUNÇÃO SINTÁTICA DO TERMO DESTACADO EM “VOLTAREMOS PELA VIA ANHANGUERA”.

a. (     ) sujeito                                     b. (     ) objeto direto                          c. (     ) agente da passiva

d. (     ) adjunto adverbial                               e. (     ) aposto

 7) IDENTIFIQUE O APOSTO OU O VOCATIVO EM CADA UMA DAS FRASES  SEGUINTES:

a) (.............................................            ) Eu, minhas senhoras, não quero mais me preocupar com isso.

b) (............................................             ) Antônia, a esposa do farmacêutico, espera seu quarto filho.

c) ( ...........................................       ) O primo Basílio é uma das grandes obras de Eça de Queirós.

d) (...........................................       ) Alunos, sejam obedientes.

 8.  (F. TIBIRIÇÁ-SP) NO PERÍODO “PENSO, LOGO EXISTO”, A ORAÇÃO EM DESTAQUE É:

a. (     ) coordenada sindética conclusiva                 b. (     ) coordenada sindética aditiva

c. (     ) coordenada sindética alternativa                  d. (     ) coordenada sindética adversativa

e. (     ) n.d.a.

 9. (FACCLÍBERO-SP) FOI AO CINEMA, COMPROU O INGRESSO, MAS NÃO CONSEGUIU ENTRAR. A ÚLTIMA ORAÇÃO É COORDENADA SINDÉTICA:

a) (     )adjetiva                   b) (     )alternativa                             c) (     )adversativa                            d) (     )conclusiva